Adriana Varejão

Adriana Varejão

A arte visceral que conquistou o mundo

Adriana Varejão é um dos nomes mais importantes das artes visuais no Brasil. Nascida no Rio de Janeiro em 1964, Adriana passou a maior parte da infância e juventude em Brasília. Em 1981, de volta à cidade de origem, chegou a iniciar a faculdade de engenharia, mas não demorou a largar o curso a fim de perseguir sua verdadeira vocação. No mesmo ano, começou a frequentar os cursos livres da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, onde estudaria por quatro anos.

Logo vieram os primeiros reconhecimentos por seu trabalho: em 1986, foi agraciada com o Prêmio Aquisição do 9º Salão Nacional de Artes Plásticas. Na mesma época, realizou suas primeiras exposições individuais em galerias do Rio de Janeiro e participou de coletivas no Stedelijk Museum, de Amsterdã, e na Fundação Calouste Gulbenkian, de Lisboa. 

Desde então, Adriana participou de cerca de uma centena de exposições no Brasil e no mundo, em cidades como Johanesburgo (África do Sul), Veneza (Itália), Havana (Cuba), Madri (Espanha) e Quioto (Japão). Também recebeu premiações culturais de grande vulto, como a medalha Chevalier des Arts et Lettres, oferecida pelo governo francês, e a Ordem do Mérito Cultural, concedida pelo Ministério da Cultura do Brasil. Em 2008, o Instituto Inhotim, um dos mais importantes do País, inaugurou uma exposição permanente dedicada a seu trabalho. 

Do ponto de vista visual, a obra de Adriana é marcada pela perturbação da matéria: cortes, rasgos e rachaduras, não raro aplicados a paredes e outras superfícies arquitetônicas. A artista também trabalha muito com a azulejaria, em diálogo com o período colonial brasileiro. No campo temático, destaca-se o interesse no visceral: a carne ferida e as entranhas expostas propõem reflexões sobre a dor e a violência, mas também o prazer e a vitalidade. 

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